terça-feira, setembro 28, 2010

Primeira parte – Das Revoltas

Feliz Aniversário para mim ou para você?

Hoje é meu aniversário, mais um ano jogado na merda, vivendo à custa de gente medíocre que me cegam até onde podem. Comemorar o quê?

Soprar as velas, amigos meus estão enterrados, não sobraram mais velas para eles, cultuam uma morbidez silenciosa entre vítimas que nos deixam.

Vítimas?

Ou livres da influência de um povo maldito, condenados a comemorar teu caminho em direção a morte que temem tanto?

Sorriam, cantem, o anjo da morte está cada vez mais próximo, o temor da morte não mais me abala, mas não lançarei sorrisos neste mundo que contemplam a soberania de uma idade, vinte e um anos...*

Vinte e um anos nesta terra aprendendo a enxergar o que todos querem, lidando com lavagens cerebrais, mediocridade em alto teor!

Feliz aniversário! Vinte e um anos atrás, agora vinte e um à frente, foi se embora a inocência, foi se embora o acreditar, hoje descubro a morte nos olhos de momentos atrás...

O que devo comemorar?

Vinte e um anos vivo!

Enquanto outros mortos jazem pelo chão!

Família? Perdão? Presentes? O que são tais coisas, coisas mundanas não fazem falta para o coração...

Um coração de vinte e um anos, que espera calor e amizade, desculpas e muitos “felizes aniversários!” vinte e um felizes aniversários que se perderam em um tempo distante onde crescer era bom, onde viver era fácil, onde mais um ano era mais uma fase. Onde o mundo era somente a verdade, a verdade do que os velhos diziam, onde Deus era bom!

Feliz aniversário, desejar isso, obter o que quer pessoas hipócritas que desejam por hábito, mas que continuam a punir no dia seguinte

Ajoelha-te e chores por 364 dias, somente 364! Obterás um dia que poderá levantar e me olhar nos olhos, lhe direi uma saudação habitual e lhe darei água em teus lábios, acariciarei teus cabelos e tu darás um sorriso e depois desse dia continuarás cego mais 364 dias até que um ultimo suspiro lhe tome o corpo e lhe libertarei...

Essas são as palavras que nunca ninguém ouviu, estão no evangelho das verdades ocultas, verdades que criamos e que renegamos...

Sorria é dia de teu aniversário...

Fingirei estar feliz e levarei comigo a lição de hoje aprendida, estarei com meus camaradas, e lembrarei por 24 horas e talvez para sempre até o soprar das últimas velas que a vida para mim é diferente da deles, honrarei com bons pensamentos os meus momentos prodigiosos e em meus devaneios saberei que a minha verdade importa a minha vida. Mas importante que tua vida e de qualquer outra, e não deixarei que me faça sonhar os sonhos do mundo, pois já tenho os meus próprios...

Pois hoje mais um ano de minha vida foi se embora e não voltará nunca mais nesta vida 20 anos nunca mais terei!

Lágrimas comemorativas rolam de minha face, e me orgulho de meus sentimentos perante mais um ano de aniversário...

Meu coração chora e grita...

Feliz Aniversário!

* lembrando que este texto é de 6 anos atrás, infelizmente não estou fazendo 21 anos..rs

Palavras sem a menor importância...

Estas poesias, versos, ensaios, textos, pois bem ais letras unidas em conjunto formam em mim pedaços dilacerados, outros, sagas completas de meus desejos, minha ambições, meu egoísmo minhas discórdias, do mundo do amor da família, das idéias...

Dedico a todos que se compreendem em uno e que não tendem a querer mais que isso, mas que se enganam a pensar que escrevem somente para si próprios, escrevo para os felizes e para os tristes, para os vivos de alma e aos condenados, ao passado e ao futuro da minha vida ou da minha morte...

Aos que lembram e aos que tem o dom de esquecer...

A quem nasceu e a quem morreu, a quem eu amo e aos odiados, simplesmente como tudo deve ser, dedico esta obra à única pessoa cujo agradecimento é primordial e intransponível, cuja vida alimentou com migalhas, partículas dos pensamentos aqui contidos. Que ama e despreza cada palavra.

Dedico a mim e somente a mim...

Simples como tudo deve ser

In oculis

Vita et tempus foi uma compilação de textos ensaios e poesias que comecei a mais ou menos 6 anos atrás.

Visto que esta fase se remete a tempos bem diferentes de hoje, tais textos possam demontrar sentimentos que no momento dificilmente criarei dentro de mim.

Espero na verdade com a postagem deles aqui, alguma esperança de que volte para mim estas mesmas inspirações que o tinha nessa época.


M_n.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Religare

Se perguntarem de onde viemos

Digam – lhes

Saímos do momento primeiro da criação

Da luz do primeiro dia

E do clarão do cumprimento

Da primeira ordem

Se perguntarem quem somos...

Somos aqueles que fomos destacados

Por possuir tochas ardentes no peito e

Estrelas desenhadas nas costas

E colocados como troféus de um novo dia

Que por certo há de vir...

Se pedirem o sinal que o comprove...

Mostrem que quando somos.

Descansamos de toda a fadiga à nossa volta

Fazemos um sinal e um aceno

Porque somos o que somos

E não o que fazemos

Se rirem

Não se importem

E procurem quem vos ouça

E que tenha a altivez da alma que sobrevoa cabeças

Porque o riso é a prova de que nada sabem

Se encontrarem quem vos ouça...

Digam-lhes que

Saímos do momento primeiro da criação


(vita et tempus - 2005 - M. Nunes.)

Indecisão

E ai decisão de cuidar dessa vida
E a decisão de formar a família
E a decisão de correr sempre a frente
E a decisão de matar tanta gente
E a decisão de conhecer sempre alguém
E a decisão de não amar mais ninguém
E a futura estrela da morte
Que ninguém escolhe por sorte
E a vida de vários profetas
Que se não mais me afeta

E a decisão que estas do meu lado
E a da vida de muitos soldados
E aquela que nunca chegou
Ou de quem se apaixonou
E morreu na discórdia da vida
Por ter cutucado a ferida
E visto sangue a jorrar
Sem saber aonde parar

E seguir seu caminho sozinho
Sem decidir ou receber teu carinho
Que te deu na hora de agir
E sumiu por ter que fugir

E a decisão de culpar os culpados
E a decisão de libertar os escravos
E a decisão de motivarem estranhos
E descobrir teus olhos castanhos

E ver que o Amor ainda existe
Mas só para quem não desiste
De chorar sempre que tiver vontade
Que é só decidir ter coragem...

E que minha decisão faz sentido
De não decidir ser antigo
E viver sempre no meu presente
E ter a dádiva de pisar a frente

Com olhos abertos ou fechados
Que o importante é estar relaxado
E aprender a seguir a estrada
Sem precisar decidir mais nada

Então decidi perguntar
O que minha palavra fará
Diferença na vida que vivo
Se meu caminho a trilhar
Vivo sem querer motivos
(para se apaixonar)

(Resquicíos de "Vita Et Tempus - 2005 - Sem editora - sem publicação.. rs)

quarta-feira, setembro 22, 2010

A lista III - Versão indefinida como eu

Um corte de cabelo na diagonal, em relance com meros 25º
Cores que transitam entre dégradés púrpuros e a que a personalidade lhe oferecer para finalizar este debate estético exótico

(alguém que entenda minhas entrelinhhas e sorria com piadas internas de minha denegerada maquina de iéias de 11ov)


Noites eminentes transigentes, exigentes, sorridentes sem qualquer afeição aos ponteiros que cintilam ao fundo do quadro.

Sensibilidade em horas turvas demais para a visão.
Sombrias demais para a luz.
Escrotas demais para um bom senso.

Impulsividade movida por artes contemporâneas, auditivas visuais e descredenciadas de poder.

(Isso se torna inato em mim, mas em contraste com o resto, cada acrescimo se encaixa como LEGO)

Catar conchas no mar,
Comprar um bilhete de viajem na portaria da rodoviária sem saber aonde vai.

Conhecer alguém em um lugar onde somente haja você e ela!
Perder tudo no final
Ser alguém para somente algumas pessoas!

(Nem mesmo eu , ou o sub-EU entende essas coisas da lista, mas o cara que me manda escrever, é muito persuasivo)

E no cair das horas que ninguém mais sussurra estar ali de pé contemplando a luz da lua mesmo que somente em sonho, estar ali com as palmas das mãos sentindo o breu da mesma noite turva de dias anteriores.

Ser seduzindo pelos encantos da anarquia dos atos de uma dama
Descobrir novos segredos de meu alterego uniformizado e decaído que se mantém na sarjeta de minhas mil faces. Corroídas pelo tempo. Pela discórdia

Cumprindo sua função

Quero ousar tudo!

Tudo que ainda não tenha sido ousado... chamuscado ou desequilibrado pela leis ambíguas de uma sociedade moral...

- Moralidade!

Bela frase para escrever em camiseta zombando com peripécias teatrais ou singelas frases irônicas


Tudo antes que a lista da pessoas que se cansaram de mim não aumente demais!
Tudo isso antes que não me torne Uno

E ai começa outro ciclo, um que nunca vivi até hoje!

terça-feira, setembro 21, 2010

Eu não repito

Cansei de repetir... E de ensinar como se faz...
As coisas mudam dentro de mim, e nem mesmo eu consigo repará-las, tocá-las ou conversar com esta manifestação trivial de desejos que simplesmente tomam forma e por hora tornam-se inadiáveis e depois como uma bruma ao vento se desfaz e deixa de ser...

Por isso não repito mais
Por que me faltava egoísmo Faltava-me a percepção de que tudo que acontece tem uma essencial decisão minha, e tudo que acontece está mais na vontade dos outros do que da minha.


Não repito mais Por que quando falava, Não falava para mim, e sim altruistamente para quem estava ouvindo.

Informações são algo de extremo valor.
Algo de extremo valor deveria ser considerado

Por isso não repito, não mais

Pois na verdade poucos querem saber.

Saber de verdade
Poucos sabem de minhas luxúrias.

Poucos sabem o quanto sou capaz de ser e de fazer e de sentir. E nem todos que sabem são maiores do que o Mistério!
Na verdade ninguém é maior do que o Mistério ainda, Mas alguém ouviu isso?

O que me cerca. Em todos os sentidos plausíveis de uma mascara de ilusão mundana

Da alusão suprema dos pensamentos que se confundem na derradeira noite... Que serpenteia até o dia.

Até os raios claros da manhã Que jamais tocaram novamente minha face sombria.
Por isso não repito
Pois não entenderiam

Pois ainda seguro a velha caixa empoeirada, ainda tenho lastimas infames
Ainda penso nos distúrbios de outrora.

Ainda sou Eu mesmo e Ainda não me tornei eu mesmo

Por isso não repito
Pois não tenho razão a repetir

quinta-feira, setembro 09, 2010

pensamentos a esmo (versão fim de semana)

Reviravoltas...

Sentimentos ambíguos

Tudo que sou e tudo o que nunca fui tudo que não queria revelar e tudo que foi revelado a alguém que cuja face brilhava nos destaques visuais de minha concepção vazia da beleza.

Olhos novos, brilhantes e de cores negras, contrário de todas as claras que passeavam pela minha estrada.

Personagens míticos de minha infância personificados na face do anjo caído

E que anjo.

Noites de turbulência, infestadas de substâncias, passivas, ativas, corrosivas... Introspectivas

Tensões positivas, proclamações perdidas, noites não dormidas

Sonhos acordados, mas ainda a face dela em toda parte.

Pessoas que perdem outras e dão lugar a outras também.

Mas às vezes este lugar fica vazio... por muito tempo

Eu que passei por estas provações poderia dar conforto perante a grande negação de que tudo irá passar.

Mas gostaria de dizer que estou aqui, e não é somente para te confortar, não somente para tocar teu rosto com meu dedo levantando a lágrima que escorre pela tua face até que suma na subida enquanto inclino levemente tua cabeça para que teus olhos encontrem os meus e assim me deixe descobrir qual é a magia de nosso encontro... talvez nada.

Talvez ao anjo caído dedique mais sonhos... Seus olhos ao meu encontro sobre mo ombro do parentesco de minha ultima discórdia... Seria nebulante... Ótimo

Além disso... A sensação de vazio

O dia 29 se aproximando e em quatro anos não sei como este dia irá ser sempre era triste com alguém, imagine agora... Assusta-me tanto não ter ninguém para poder abraçar por mais de uma vez, por mais tempo... Assusta-me, mais passará, pois não vai mudar e me acostumarei...

E me assusta me acostumar.

Ambíguo, rizomático... sim com certeza....

Parabéns Blog pelas 5 mil visitas é mais do que poderia dizer que já prestaram atenção em mim na vida real

quinta-feira, setembro 02, 2010

Uma falsa impura ou uma pura falsa?

Odeio casais estereótipos

Aquele cara com boné, cavanhaque, camisa regata, bombado, estilo Pit academia.

Pegando a loira, com sobrancelhas pretas, meio cheinha, Gordelicia... Mini saia tipo Angélica mostra a pinta.

Ele na verdade não gosta dela na frente dos amigos (Mais as vezes gosta)

Ta só comendo...

Ela acha ele o máximo por que faz de tudo para ela!

Motel tal... Restaurante tal, paga a conta... Chama o garçom... Abre a porta...

Mas no fundo, creio que seja normal ter esse agouro a

pessoas assim!

Talvez descubram o amor, talvez se amem mesmo!

E a minha frustração é que em como é fácil encontrar alguém se você é do tipo Normal!

Eu definitivamente não sou não sou anormal!

Só não sou igual a todo mundo.

Nem mesmo aonde sinto fazer parte.

Existem conotações e atitudes diferentes em cada partícula de história na noite

Sou inconstante, e indefinido

Mas busco não o Amor, busco agora o sentir

Já pensou que a palavra sentido, combina com a Palavra sentir

Não sinto mais nada!

Logo estou sem sentido!

Mas estes estereótipos de casais Sentem?

De qualquer forma o que me atrai é a feminilidade em um buraco de carvão

Prefiro uma falsa impura

Do que uma pura falsa!

Não quero lábios virgens.

Nem sapatinhos de boneca,

Nunca gostei de mocinhas, sempre das vilãs

Nada de Hermione, Belatrix Lestrange(Helena Bonham Carter) é mais atraente

Mulher gato (pfeiffer) ou Mistica,( Rebecca Alie Romijn) tanto faz

Só pra citar a Anita (Mel LisBOA) me deixa Louco!

Prefiro às doidas varridas, cheia de defeitos a mostra, que não escondem que se mostram obsessivas, egoístas, de uma só vez.

E que na tarde na noite no conforto de meus braços eu consolide um sentimento e descubra a carência de sua feminilidade escondida, e a trate como a mais bela, a mais pura das criações...

Como uma mulher.