quarta-feira, julho 29, 2009

Sonho de uma noite de inverno


Acordo e não estou mais entre nós, pelo menos meu corpo permanece inerte.

Enquanto, pensamentos a postos me mantêm longe da felicidade, aquela tal, falsa que nos mantém distante da tristeza.

Aquela real de todos os dias que ou me abala ou simplesmente passa despercebida.

Nesses caminhos produzidos em sonhos, vejo gente, pessoas esquecidas que me fazem perguntas; até quando lembrei delas?

Nestes últimos anos tão distantes de outros os quais somente uma pessoa tomou conta.

Conta de tudo, de mim, de meus pensamentos, de minha alma.

Não querias nem um pouco me libertar dessa pessoa vívida em meus olhos, transparecida em minhas córneas, assombração de meus temores cujos quais são; ficar sem ela.

E aqui estou entre tijolos escurecidos pelo tempo, entre guarda chuvas destruídos pela corrosão de um mar adiante, de cor verde.


Estou perdido, mas quando foi que me encontrei? Estive preso simplesmente em outro plano...

e lá na frente, até onde meus falsos olhos conseguem ver, há uma lápide negra saltada da terra enlamaçada pelo sereno constante... e nela uma moldura limpa, exibindo teus valores, emoldurada a ouro branco, de onde uma luz tênue se irradia e me parece chegar somente a minha face.. e quem mais esta aqui...

Sim existem mais forma na escuridão, vejo o brilho de cabelos molhados se arrastando pelo mesmo caminho miserável que meus pés se encontram...

Mas não há tempo para tentar reconhece-los, embora isso pareça importante. Ando na direção do quadro.

Há uma face ali desenhada... Uma face brilhante e todos parecem tentar alcançá-la, talvez seja à saída desse lugar.

Ou talvez o dono desse local. Um purgatório de almas falidas...

Somente quando estou perto vejo a face... És ela sei que é...

Será que todos também a conhecem? Por que então continuam a segui-la...

Por que somente eu tenho medo de segui-la

Porque somente eu enxergo o crânio pálido, com dentes cravados. Por que somente eu enxergo as correntes

E por que somente a mim que os olhos se dirigem... E então entendo que há somente uma corrente eu tuas mãos ósseas.

terça-feira, julho 28, 2009

decepções até quando



E para onde fores novamente, o anjo doce de mil faces por que tens mil faces se somente uma já me cativas tanto.

Se as outras me embriagam...

E jaz embriagado sonho com as noites reais, mas se são reais porque sonhar?

Por que sonhar?

Se até mesmos as cenas teatrais são mais reais que nossos sonhos.

E nesse martírio sem fim arranjo tempo para sorrir

Sorrir para vida, para amigos, para momentos, sorrir insanamente.

Pois somente a você não guardo meus sorrisos

Somente respondi as tuas questões infinitas

E rezo para que um dia entendas minhas respostas

E não me pergunte nunca mais

Ou me pergunte, me pergunte somente porque te respondi por tanto tempo

Por tanto tempo respondendo, sabendo que era injusto continuar perguntando

E te responderei..

Que era pelo mesmo motivo de que tu chegaste aqui do meu lado e conseguiste me perguntar tal coisa

Simplesmente, foi por te amar