quarta-feira, março 07, 2012

Os Sonhos


Em minhas mão eles adormecem mas não os perco...  nem se vão
O sonho andava só pelas ruas desertas de uma cidade qualquer
O sonho era inebriante e apagado ao mesmo tempo, olhava para a lua radiante e tentava acordar os vizinhos, mas nada havia para ser dito, e mesmo que tivesse o sonho perdera a voz e deixava de ser forte por horas.
Sentimos nossas vidas morrer através das janelas

Até o sol nascer.... e os sonhos se foram.

O sonho foi atormentado pela verdade de que vários sonhos perambulam pela madrugada, dispersos.
Perdidos
Sonhos perdidos
Mas que tinham a consciência
A vil consciência da situação, e junto disso a tormenta de fatos antecedentes.
Que destruíam os sonhos
Mas alguns sobrevivem e se tornavam fortes e reais
Mas esses somente que permaneciam
Não fariam diferenças
Os sonhos são assim, vivem para si próprios e seus sonhadores.
Só fazem diferença para eles mesmos
Por isso sonhos perdidos são tão tristes
Por isso se dispersam na madrugada

Se perdidos, são sonhos da tristeza e somente assim se antecedem.
Afinal estar triste é prudente, essencial.
E como ela chegaria se não através de sonhos perdidos

Alguns acenam um para o outro
Alguns reencontram em seus berços e se renovam
Esse sonho, por exemplo, se mantém, ele não vai embora.
Ele adora as madrugadas e visita cada momento que teve efeito na sua criação
Um começo de noite no parque, a mão que treme frente ao amor apresentado.
O dia sentado no posto, quando bateu aquele olhar... Aquele brilho até hoje...
A brincadeira de achar o grande amor no ônibus
A magia da sensação da grama sobre os pés e a borboleta no ombro

Enfim até o sussurrar do nome que se manteve
Se mantem no sonho
O sonho sorri
Ele se conhece
Não está perdido
Só não sabe onde ser encontrado
Ou a hora de ser.