quarta-feira, outubro 12, 2016

Há sempre muitas nuvens no céu


Sobre amores impossíveis de alcançar

Há sempre muitas nuvens no céu

Todas livres, nenhuma é sua
Há sempre muitas nuvens no céu

As vezes escolhemos aquela que não podemos ter
Pois está tão alto lá no céu.

Demora para entender que nenhuma nuvem nunca é sua
Ela surge e desaparece quando bem entende.
Mas há tempos descobri que nuvens querem ser notadas

Existem tantas, de tantas formas
Existem as esquecidas, por não compreenderem seu formato
Eu amo essas.

Acho elas tão majestosas e misteriosas que temo escrever sobre elas
Só queria tocá-las e descobrir o seu íntimo.
Só queria saber a história de como chegou nessa forma.
De como o vento a moldou, de como deixou o amor.

E virou uma nuvem só no céu
Pequena e frágil, branca e formosa
Com sua risada mais gostosa
Só queria poder fazer ela feliz

E que ela percebesse que sempre a vejo lá no céu
Do meu mundinho de papel
Queria só sentir o seu rosto encostado ao meu
Beijar seus lábios frios até torná-los quentes

Ela sumiria no final do beijo
Nunca mais a veria daquela forma
E então nunca estragaríamos aquele momento
E seria perfeito.

Mas são apenas nuvens.

Há sempre muitas nuvens no céu

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