quinta-feira, setembro 28, 2017

Se foder faz parte, diversificar é arte.

Hoje eu assistia “Um Maluco no pedaço” e havia uma cena em que o Jeffrey o mordomo, comparava as expectativas do dia de aniversário dele com o de Will, enquanto Will gostava de esbaldar na diversão, Jeffrey achava que o seu aniversário era um momento de reflexão sobre a vida, sobre as conquistas e derrotas.

Acho que essa coalizão de duas eras finalmente se manifestou em minha psique por conta disso, deixei de ser Will e me tornei Jeffrey.

Não acerca dos atuais algarismos contabilizados na minha idade, mas sim pelo fato de concordar com Jeffrey, é um momento de reflexão.

Quem me conhece sabe que nunca me dei bem com aniversários, meus textos sobre eles eram polêmicos e cheios de ódio, e é fato que a idade nos dá uma perspectiva distinta da vida a cada soprar de velas.
A verdade é que não me sinto mais velho, não foram às responsabilidades que me tornaram mais velho, nem as compreensões morais, tampouco a introdução à sociedade como o cidadão comum.

Meu coração ainda é uma estrela em expansão consumindo tudo a sua volta, ainda não alcancei a serenidade e não considero essa busca como própria para o momento.

Minhas conquistas são mais pessoais e alimentam a minha estrela, diferentes de casa, carro, casamento, trabalho que só inflam o seu ego para os arredores.

Em um episódio de Bojack Horseman, Bojack exemplifica o segredo da felicidade.
“Finja que está feliz, até esquecer que está fingindo”.

Acho que esses valores de conquistas são exatamente isso hoje em dia, você está impregnado nessa utopia totalitária, e talvez a minha maior conquista seja permanecer forte fora desse padrão puritano e parcialmente hipócrita.

Minhas conquistas equivalem a pessoas e momentos, e á saudabilidade da minha consciência.
Não finjo que sou eu sou. Feliz, triste, amargurado, pleno, insano.

Tenho todas as figurinhas desse álbum, e isso me torna mais completo.

Tenho amizades de 10 anos, amizades de mais 20 anos, e o mais importante, amizades de menos de um ano com possibilidades infinitas.

Agradeço pelas pessoas que me cercam, e agradeço pelas que não se aproximam, pois de fato nunca fui muito fã de pessoas, prefiro animais.

E em meio a esse turbilhão de insensatez que nos cercam na estrada, eu caminho sem olhar para os lados, centrado nas minhas próprias ideias, baseado em 34 anos de percepções sobre tudo que me fazia triste ou feliz.

Acho que alcancei o banco de dados da engenharia social, mas ainda com aquele coturno velho chutando bundas por ai...

Por que a gente é que sabe o quanto que se fodeu.

Se foder faz parte, diversificar é arte.

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