terça-feira, junho 29, 2010

Re- Virada Cultural Paulista - A Odisséia - Parte II - Mendigos e Putrecos


Ok... Continuando...

Marcio Nunes... 26 anos - São Paulo – Virada Cultural Paulista algum lugar em um raio de 10 km em torno da Galeria do Rock que “fasinha” filha da puta, sempre achei a vida no mínimo SACANA, mas aquilo já estava passando dos limites, a insanidade realmente é uma benção!

Sim, pois ela me deu o “Dom” de achar toda essa grande merda uma novidade a se tirar proveitos, ela faz com que eu me sinta bem, Perdido, Roubado cansado e bêbado, e feliz, feliz afinal de contas o destino quis que eu perdesse a porra do celular, e me esfregou na cara que ele não tinha valor nenhum... Afinal sempre tive muito valor sentimental nas coisas, mas naquele aparelho eletrônico tudo que tinha era um valor comercial. E lá se foi... E que se foda!

Passei horas andando sem direção, comprei cervejas em todos os bares que encontrei... e de todos os tipos... rs

Enfim após algumas horas creio eu... Liguei para o Ângelo e enfim o telefone tocou e alguns segundos depois atenderam (por outra pessoa que o chamou após + alguns segundos) contei para ele rapidamente o que havia acontecido, mesmo não contando os detalhes, enfim foi mais ou menos assim:

- Cara, onde Diabos você está?

- Meu eu to aqui na frente da farmácia São Paulo!

- Aonde é a Farmácia São Paulo?

- É aqui perto da TU TU TU TU TU TU...

É... Vejamos... E analisamos a putaria dessa conversa maldita

São Paulo Maior cidade do Brasil, das Américas e de todo o hemisfério Sul, a 14º cidade mais globalizada do Planeta e a sexta maior cidade do Planeta, com todo este tamanho e globalização não era de se espantar que só na avenida em que se encontrava havia meia dúzia de malditas “Farmácia São Paulo"...

Levando a considerar a quantia considerável de três milhões de pessoas caminhando sobre as ruas frias da capital, não houve uma chance considerável de encontrar o Ângelo, tampouco de encontrar alguém, e meu estado psicológico e físico também não poderia ser levado em conta.

Lá pelas cinco horas da manhã acredito, sentei-me em uma praça onde estava rolando alguns shows de Reggae e MPB, abaixei-me entre as pernas e creio que acabei adormecendo, Em um determinado momento, senti alguém me cutucando, e um cheiro meio desagradável no ar, acordei assustado, e reparei em um mendigo querendo pegar minha latinha de breja que apesar de conter alguns Ml’s alcoólicos, já não me servia mais.

Com uma voz assustadoramente comovente o mendigo perguntou se podia levar a latinha e se eu estava bem, fiz que sim com a cabeça, e por um breve momento me recuperando do cansaço, comecei a contar a história da noite, mas vi que dificilmente ele poderia me ajudar, ah não ser me revelando que dificilmente iria encontrar a Farmácia São Paulo que o meu amigo estaria, pois só ali na Avenida deveria ter umas cinco...!

Bom depois de se despedir de meu amigo mendigo, continuei minha caminhada em busca da Galera! Percebi que poderia ir embora a qualquer momento, mas a Carteira do Brian esta na minha bolsa, então o que fazer?

Comecei a andar em uma direção que parecia ser a certa, meu sentido de direção sempre me levou aos locais que deveria chegar, e sim cheguei... Na Rua Augusta...

Por um momento até fiquei feliz... Uauuu Augusta que saudade de ti!

Lembrei de minha outra vida de solteirice e insanidades na Augusta!

Uma forte vontade de percorrê-la correu por minhas veias, mas eu tinha uma missão de voltar para a galera. E voltei, sabia que a Augusta era relativamente perto da República estava no caminho certo

Depois de uma intensa caminhada e de outra latinha de Breja parei em um cruzamento onde fiquei em dúvidas por algum momento, afinal para onde eu deveria ir.

Então senti aquele arrepio na espinha, quando uma voz estranhamente bizarra como deveria ser me perguntou:

- Precisa de ajuda lindinho?

Virei-me vagarosamente como medo do que viria a seguir naquela noite bizarra, e lá estava uma figura disforme, não sei ao certo se pelo álcool ou pela vida que ela resolvera levar, Não sei ao certo o que era, mas resolvi dar o nome de Putraveco!

Um putraveco muito simpático que ouviu a minha história com atenção e se exaltou nas gargalhadas nas partes mais engraçadas da minha desgraça...

- Indaiatuba? Ah sim Litoral neh?

Nem fiz o favor de responder, de certa forma ela/ele me ajudou me apontando a direção certa da Praça do Rock, mas disse que eu estava longe e que era fácil se perder.

Acabei simpatizando com a Putreco que revelou teu nome como HOSANA e deixou bem claro que não era ROSANA e sim HOSANA com H Ironia um traveco com H maiúsculo.

E me contou uma breve história tão absurda quanto a minha de que como tinha quebrado a moto de seu ultimo cliente com tamancadas e foi retrovisor e painel... Tudo por que o maldito se arrependeu depois e desistiu do “encontro” após ter levado o Putreco para longe de seu ponto e assim ela havia perdido outros cliente em potencial...

Bom, Hosana tinha que voltar para seu ponto e eu para o meu... Ponto inicial de partida!

Deixei a breja com o Putreco e continuei minha caminhada naquela virada completamente louca e cheio de doidos...

Eis que após um tempo de caminhada perguntando sobre a direção da república, entrei em uma rua estranha, já beirava às 7 da manhã e o sol raiava...

Notei que havia pessoas sentadas no decorrer da rua até seu fim... sentadas com latas na mão e com olhares estranhos... Elas estavam é fumando crack!

Foi ai que um “FUDEU” passou pela minha mente... Lembrei-me do PROFISSÂO REPORTER (RS)

PORRA EU TINHA IDO PARAR NA CRACKOLÂNDIA!

...continua

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