Singelas compreensões

Sempre procurei em cada canto, em cada estrela em cada espaço vazio e sem sentido. Que desfilava entre mil céus escuros, claros, opacos, que passam em manifestações de ódio e ócio

Supremo como as penas da garça branca que rompe os céus em busca do alimento que se encontra no cume da montanha mais fria, tão supremo quanto o beijos molhados que se espera depois de mil vezes o coração ser partido.

E espera a noite fria, e esquálida vazia e sinto o ópio por entre meus dedos que em almagáma com a fumaça sépia arde meus olhos, mas não os fecho, pois o rosto, pois a face... O semblante!

É me mais importante do que a ação em si.

È me mais importante pois guardarei de forma a ninguém me roubar.

Por que sou movido por memórias, sou escalado pela minha persuasão do sopro de dias que antecederam as glórias inertes e fixas, estas tais que já fazem parte de mim como o ar que respiro.

Antecedia-me nos desejos, me enaltava com suspiros e dilacerava minha própria carne como falsas emoções de outrem, mas, não mais.

Agora construí castelos de areia e pétalas de rosas, com o sol poente sobre a perspectiva exata da foto mais linda, com o aroma dos anjos e com as virtudes dos puros, mas os castelos caem, por outras mãos, as mesmas pessoas que o olham com as pupilas brilhando são as que pisam em cima e colocam a culpa no vento ou nas ondas.

Eu mesmo os destruí, lembra quando disse que beijaria a minha boca cheia de formigas agora que é só isso e mais nada... E só o inferno eu sei *

Aqui do alto a queda é bem maior, mas posso mirar quem quiser para que sofra o peso da minha queda comigo, só me basta ser justo na escolha e ainda estarei criando as novas virtudes

Não me levem a mal... Estou bem

Só não procuro mais estrela coloridas...

E o sorriso em meus lábios é tão verdadeiro quanto qualquer preocupação que me direcionem.

Fecha o pano.