quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Obscurecido novamente...




Obscureço-me na tentativa...
Sem somente ter respostas...
Na caminhada solitária de volta a casa...

Na alternativa de encarar o sofrimento, e enxergar a tua verdade... Este momento...


Da negação de cair sozinho e perceber que jazem ao meu lado somente fantasmas de tua imagem, e percebe que você como tal foi simplesmente um espírito sem nada igual, as proezas que encontrei no cair da noite de memórias passadas.


Suspiros sem força, versos sem nada, somente o grande vazio em meu peito, que grita sem força.

Somente a partida aguarda meu corpo inerte e mente igual, respiro/ aspiro.

Jaz mais nada do que era antes, procuro em meu intimo, na caverna primitiva das raízes de minha alma, refúgios das migalhas devoradas de minha essência. Devorada pela besta da paixão que consumiu meus traços, que me deixou em total desalento, me consumiu e me matou.

Sou só isso agora...

Somente falhas de uma capa que cobria a vida, e agora, somente um encosto tentando se levantar a cada hora, ouvindo murmúrios decadentes de outra vida.

Sem palavras que possam me ajudar, sem presenças que antes me afagavam na morada triste...

Mas suas ações não são benevolentes, não alimentam meu espírito, nem me comportam na eterna caminhada, somente jugos de tristeza, somente pedaços de carne dilacerada por tuas garras, por tua ânsia de desejo, pelo poder que cega teus dedos.

Pediste minha alma e não entregastes então tirou de mim tudo que nela havia vida, me tiraste o conforto.

Recônditos encantos, ternura sensual, lágrimas da leveza do distúrbio matinal...

Belas formas tão distintas aos meus olhos eu procuro, e encontro lá no fundo dos desejos mais simplórios.

Torna tenro o meu dia, com melodia tão suave, sussurros labiais transcendentes da companhia de uma linda tarde.
Traz consigo antes do crepúsculo, tua carne tão igual, de formatos parecidos, mas de pureza distinta.

Tu era isso, demônio sem idade, contida na maldade... sinistra beleza, companhia mortal, me tiraste a vida e não me deixaste forças, nem mesmo para dar fim a minha vida...

A depressão que tu deixou em mim tomou meu corpo..sustentou meus ossos, se hospedou sobrevivendo sugando minha vida aos poucos sem me deixar morrer

Pior de todos os demônios

Teu nome és o mesmo que saíram de meus lábios tantas vezes no cortejo de minha bela paixão

Hoje jás minha lápide... parabéns...



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