Amor, a gente não entende,
não explica, não complica e nem duvida.
Está
acima de nós, acima de nosso bom senso, acima de nossas atitudes e tudo mais.
Quando
amamos é uma porra loca, ele quebra tudo que planejamos ser. Ele trás a tona o
que queremos esquecer trás o que tem de bom e o que tem de mal no nosso ser.
Por
que o ser humano guarda aquilo tudo, desentendido, desavisado, inacabado
naquela cesta de palha seca dentro do seu abdômen um pouco abaixo de onde as
borboletas sobem no peito, quando encaramos a primeira puta amorosa, a que faz
com que pague não o dinheiro do seu trabalho, mas as suas horas de vida. E
pagamos e ainda achamos pouco. Trabalhar é um pesadelo, pois o que é dinheiro
comparado a amor... Amor é escravidão voluntária.. De bom grado...
Amor
é desrespeito, porque a gente só tromba mesmo quem a gente ama. Só intima quem
a gente deseja.
Amor
é para quem te manha.
Amor
é quando tudo sai fora do controle e vemos como somos inferiores e sentimos
vergonha, do parceiro, pois por mais que vemos que ele é ridículo, ridículo
somos, pois estamos na mesma estrada, na mesma quebrada em busca da droga mais
mortal, na nóia total da maldita atenção, que é o que todo aspirante a amar
necessita, é a sua birita.
E quer sempre mais forte, atenção é o corote, o corote
do amor é atenção.
E
em qualquer morada, em qualquer perrengue desde que a luz dos olhos seus esteja
ali e o problema maior desvende, com sussurros que façam você olhar somente os
lábios pedindo uma mordida que cure a ferida do tapa que levou na noite passada.
Pra tudo isso amor é o remédio, principalmente do tédio, dois amantes
sobrevivem a qualquer domingo ou madrugada, sem TV ligada, somente na dança da
carne.
Amantes
não têm caráter e a igualdade dos fatos no amor, nem sempre tem sua parte.
Sofremos,
choramos e fazemos drama, mas amar mesmo é aquele sonho na cama, com sexo ou
sem nexo, tocando o cabelo ou o pentelho, sujo, imundo... Prazeres carnais que
mesmo na fossa, roça, roça...
No
ímpeto da vossa tão ardida carne trêmula encontramos o carinho... A sobriedade
e a pureza de somente estar ao lado dela.
Brigam,
batem agem como biscates, vendendo seu corpo. Vendendo a alma. Doando a calma
um ao outro. E mesmo no esgoto da culpa senil, voltam do buraco nefasto e
brilham como anjos e todos se esquecem das brigas, arranhões gritos e celulares
no chão. São feitos um para outro ele dizem...
És
amor, mais puro e sórdido amor, maldito amor que nos trás a dor e nos torna a
vida miserável e bem vinda, não entendemos...
Deus
não inventou o amor.
Deus
se apaixonou primeiro que todos, por isso ele é deus,
Mas
o DEUS mesmo é o amor.
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