Todas livres,
nenhuma é sua
Há sempre muitas nuvens
no céu
As vezes
escolhemos aquela que não podemos ter
Pois está tão alto
lá no céu.
Demora para
entender que nenhuma nuvem nunca é sua
Ela surge e
desaparece quando bem entende.
Mas há tempos
descobri que nuvens querem ser notadas
Existem tantas, de
tantas formas
Existem as
esquecidas, por não compreenderem seu formato
Eu amo essas.
Acho elas tão majestosas
e misteriosas que temo escrever sobre elas
Só queria tocá-las
e descobrir o seu íntimo.
Só queria saber a
história de como chegou nessa forma.
De como o vento a
moldou, de como deixou o amor.
E virou uma nuvem
só no céu
Pequena e frágil,
branca e formosa
Com sua risada
mais gostosa
Só queria poder
fazer ela feliz
E que ela
percebesse que sempre a vejo lá no céu
Do meu mundinho de
papel
Queria só sentir o
seu rosto encostado ao meu
Beijar seus lábios
frios até torná-los quentes
Ela sumiria no final do beijo
Nunca mais a veria daquela forma
E então nunca estragaríamos aquele momento
E seria perfeito.
Mas são apenas nuvens.
Há sempre muitas nuvens no céu