Em minhas mão eles adormecem mas não os perco... nem se vão |
O
sonho era inebriante e apagado ao mesmo tempo, olhava para a lua radiante e tentava
acordar os vizinhos, mas nada havia para ser dito, e mesmo que tivesse o sonho
perdera a voz e deixava de ser forte por horas.
Sentimos
nossas vidas morrer através das janelas
Até o sol nascer.... e os sonhos se foram.
O
sonho foi atormentado pela verdade de que vários sonhos perambulam pela madrugada,
dispersos.
Perdidos
Sonhos
perdidos
Mas
que tinham a consciência
A vil consciência
da situação, e junto disso a tormenta de fatos antecedentes.
Que destruíam
os sonhos
Mas alguns
sobrevivem e se tornavam fortes e reais
Mas esses
somente que permaneciam
Não
fariam diferenças
Os sonhos
são assim, vivem para si próprios e seus sonhadores.
Só
fazem diferença para eles mesmos
Por
isso sonhos perdidos são tão tristes
Por
isso se dispersam na madrugada
Se perdidos,
são sonhos da tristeza e somente assim se antecedem.
Afinal
estar triste é prudente, essencial.
E como
ela chegaria se não através de sonhos perdidos
Alguns
acenam um para o outro
Alguns
reencontram em seus berços e se renovam
Esse
sonho, por exemplo, se mantém, ele não vai embora.
Ele
adora as madrugadas e visita cada momento que teve efeito na sua criação
Um
começo de noite no parque, a mão que treme frente ao amor apresentado.
O dia
sentado no posto, quando bateu aquele olhar... Aquele brilho até hoje...
A brincadeira
de achar o grande amor no ônibus
A
magia da sensação da grama sobre os pés e a borboleta no ombro
Enfim
até o sussurrar do nome que se manteve
Se
mantem no sonho
O
sonho sorri
Ele se
conhece
Não
está perdido
Só não
sabe onde ser encontrado
Ou a
hora de ser.